sexta-feira, maio 20, 2005

Mudar de casa

A partir de hoje, Homem a Dias é uma secção da Sábado. Este blogue, enquanto continuar aberto, servirá exclusivamente para mandar recados a amigos. Exemplo: Ricardo, eu sei que ainda não te enviei o Thomas Wolfe pelo correio. Sim, sou um bandalho. Desculpa.

Estão a ver a ideia?

sábado, maio 14, 2005

Hoje de manhã, no posto de gasolina

- Bom dia. Era o Público, o DN, o Correio da Manhã, um café e um queque.
- Bom dia. O Público traz este livro [Os Poemas da Vida de Mário Soares, ou coisa parecida]
- Ah… Não quero, obrigado.
- Mas é oferta…
- Pudera! [Como sou educado, esta réplica foi exclusivamente destinada aos meus botões. Porém, estando eu de t-shirt, a empregada do posto é capaz de a ter ouvido. E ela não tinha culpa de nada, excepto da tentativa de impingir lixo aos clientes. O eng. Sócrates não prometera a co-incineração?].

quinta-feira, maio 12, 2005

Apelar ao Santos

O Jaquinzinhos lembrou, aqui fica a petição, em inglês porque dá prestígio e a outra também não seguiu em árabe:

To: President José Eduardo dos Santos

Sir,

We are pleading on behalf of the Portuguese entrepreneur Jorge Gonçalves, currently detained at the Economic Police Station in Luanda. We are appealing to your great compassion and generosity (expressed so many times) and pleading for your forgiveness in relation to the situation of our friend and colleague.
With our deep gratitude,
Sincerely,


(assinaturas ilegíveis)

terça-feira, maio 10, 2005

Holocausto é evolução?

Em informação roubada ao Tautau, constato com desagrado que uma tenda que servira as comemorações de Abril foi o cenário de uma concentração neonazi. E pronto, lá vamos ter os skinheads na televisão, a queixarem-se de que assim se conspurca a memória do III Reich.

sexta-feira, maio 06, 2005

Mil Folhas (e um café, sff)

Gosto muito do Francisco, mas, enquanto romance português contemporâneo, Longe de Manaus é uma vergonha.
Possui: uma estrutura narrativa ultrapassada (i.e., conta uma história, ou várias); personagens vivas; situações plausíveis; regras gramaticais e gráficas; prazer.
Não possui: aquele ennui indispensável à novela actual (género estou para aqui ao computador mas a minha vida não é isto); texto que se esparrama pela página abaixo, formando um poema concretista ou as soluções das palavras cruzadas; desabafos adolescentes perpetrados por cavalheiros de meia-idade; denúncias.
Para cúmulo, está escrito em língua de gente. E notavelmente escrito. Assim não, Francisco.

terça-feira, maio 03, 2005

E isto para não me limitar à obra completa do dr. Carrilho

O Ricardo e o Miguel sugeriram que respondesse ao seguinte questionário. O Miguel supôs que eu invocasse o meu “estatuto de intelectual” (sic) para evitar a maçada. E supôs bem. Só que fartei-me de invocá-lo e o desgraçado não veio. Donde o que se segue.

1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

Não podendo sair do Fahrenheit 451? Um dos que escapassem ao fogo. Mas, pelo que me lembro (li isso para aí há vinte anos e nunca vi o filme), no final os livros só sobreviviam na cabeça das personagens, o que não dá grande jeito.

2. Já alguma vez ficaste apanhado por um personagem de ficção?

Claro. Pelo Espírito do Capitalismo, co-protagonista de A Ética Protestante…, de Weber.

3. Qual foi o último livro que compraste?

Uma biografia do S. J. Perelman. Uma biografia da Judy Holliday. O Why Globalization Works, de Martin Wolf. (Chegaram juntos pela Amazon).

4. Qual o último que leste?

Age and Guile, P. J. O’Rourke

5. Que livros estás a ler?

A tal biografia do Perelman. O Fora de Manaus, do Francisco José Viegas. Os Kilvert’s Diaries, de Francis Kilvert.

6. Que 5 livros levarias para uma ilha deserta?

Qualquer um que ensinasse a pescar. Qualquer um que ensinasse a cozinhar peixes. Os Journals do Capitão Cook, para me animar. Os Diários do Capitão Scott, para me resignar. O Suicídio, Modo de Usar, de dois tarados franceses, para me ir embora.

7. A que 3 pessoas vais passar este testemunho?

Ao João (já estou farto da sentença do Burke). Ao Carlos (não gosto dos Lambchop). Ao Sérgio (antes de ele partir para Praga).